As vendas no varejo dos EUA em maio ficaram ligeiramente abaixo das expectativas, com um modesto aumento de 0.1% nas vendas totais em comparação com o mês anterior. Excluindo as compras de automóveis, as vendas caíram 0.1%. No entanto, quando os serviços de alimentação são excluídos, as vendas no varejo apresentaram um quadro mais positivo, crescendo 0.2% na comparação mensal e 2% na comparação anual.
Apesar de uma ligeira queda nas vendas no varejo após o ajuste para os números revisados de abril, o quadro geral permanece estável. As vendas no varejo oscilaram dentro de uma faixa estreita de ±0.2% nos últimos dois meses, indicando que não houve altas ou quedas significativas.
Categorias específicas apresentam resultados mistos. Móveis e artigos para o lar apresentaram queda significativa nas vendas, tanto na comparação anual quanto na mensal, refletindo uma retração nos gastos do consumidor nesse setor. Essa queda provavelmente está relacionada ao aumento das taxas de juros, que impactam negativamente o setor imobiliário, um dos principais impulsionadores dessas compras. Materiais de construção e ferramentas de jardinagem, também intimamente ligados ao setor imobiliário, apresentaram queda nas vendas.
Eletrônicos e eletrodomésticos apresentaram crescimento positivo, tanto na comparação mensal quanto anual. Vestuário também apresentou crescimento positivo em ambas as métricas. Lojas de departamento mantiveram números de vendas relativamente estáveis, enquanto as compras online mantiveram sua tendência de alta.
Observando a relação estoque/vendas de abril, no geral, ela permanece relativamente baixa em comparação ao mesmo período de 2019. Enquanto as relações de abril de 2018 e 2019 estavam próximas de 1.44 e 1.45, respectivamente, consideradas "normais" antes da pandemia, a relação de abril deste ano está em 1.3, significativamente menor.
Categorias específicas apresentam níveis de estoque variáveis. Automóveis e autopeças estão significativamente abaixo dos níveis pré-pandemia. Móveis, utensílios domésticos e eletrodomésticos já superaram os níveis pré-pandemia. Materiais de construção e ferramentas de jardinagem estão em situação semelhante. Vestuário permaneceu relativamente estável. Lojas de departamento estão ligeiramente abaixo dos níveis pré-pandemia.
Apesar da recente desaceleração nas vendas no varejo, o consumo geral permanece estável. O setor varejista dos EUA não está passando por um grande declínio nem por uma recuperação significativa; em vez disso, está flutuando dentro de uma faixa estreita.
A situação atual leva a algumas previsões sobre as tarifas de frete futuras. Não há um aumento significativo da demanda; estamos observando uma reposição normal de estoques após um período de "desestocagem". A intensidade e a duração da reposição dependerão das perspectivas dos importadores em relação à economia americana. Remessas antecipadas são uma medida de precaução. Os importadores estão optando por remessas antecipadas para mitigar os efeitos de interrupções e instabilidade na cadeia de suprimentos. A capacidade global de transporte permanece limitada. Embora as companhias de navegação tenham aumentado o número de navios e a capacidade em determinadas rotas, o aumento real da capacidade é limitado devido a desvios e congestionamento portuário.
A combinação de reabastecimento normal e remessas antecipadas, somadas à oferta restrita e à alta demanda, podem sustentar altas taxas de frete até que um novo equilíbrio entre oferta e demanda seja alcançado.
Não está claro se os embarques antecipados sinalizarão o fim antecipado da alta temporada. O ritmo dos embarques tem sido imprevisível nos últimos anos, dificultando a previsão da duração da alta temporada.
Os recentes aumentos de preços nas tarifas de frete são, em grande parte, movimentos táticos que visam maximizar os lucros no mercado atual. No entanto, se os preços excederem o que os clientes podem suportar, resultando em remessas reduzidas e navios subutilizados, os preços eventualmente começarão a cair.
Julho é o período crucial para determinar se as tarifas de frete da Costa Oeste dos EUA podem se manter acima de US$ 10,000. A presença contínua de grandes clientes FOB com slots de baixo custo e a pressão para encher os navios podem potencialmente impedir uma queda rápida nos preços FAK.